"Vá tomar no..., respeita."
Essa foi a reação de Neymar, apelar para o palavrão dirigido a um torcedor, que jogou um saco de pipocas sobre sua cabeça, após o vexatório empate por 1 a 1, no jogo entre Brasil e Venezuela, ontem, na Arena Pantanal, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo dos Estados Unidos. Neymar queria xingar mais, fazer gestos. Mas foi contido pelo treinador interino da seleção, Fernando Diniz. E puxado para o vestiário por Marquinho, enquanto outros torcedores xingavam o camisa 10. A cena deprimente resumiu o que foi o frustrante jogo da seleção, que custou a liderança das Eliminatórias para a Argentina. Com péssimas atuações do quarteto ofensivo escalado, que deu a falsa impressão de que haveria uma goleada brasileira: Rodrygo, Richarlison, Neymar e Vinícius Jr. Com liberdade para se movimentar, característica do "dinizismo", os jogadores acabaram se embolando, ocupando, por vezes, o mesmo espaço. O que facilitou demais a marcação venezuelana.
Gabriel Magalhães que marcou aos cinco minutos do segundo tempo um golaço, de puxada, aos 39 minutos, empatando a partida, de forma justa. O resultado provocou muitas vaias da torcida à seleção. E o saco de pipocas em Neymar. "Eu reprovo completamente. Xingar e vaiar, tudo bem. "Arremessar um pacote de pipoca não agrega em nada para ninguém. É um desrespeito com quem veio jogar e tentou fazer o melhor possível", disse Diniz, defendendo seu principal jogador, que não deu entrevista. Quanto ao empate com a Venezuela, Diniz teve dificuldade para explicar. Pôs a culpa no calor e no gramado. "Eu acho que a gente pecou em dois aspectos. Término das jogadas, a gente criou chances e não fez, poderia ter feito o segundo, o terceiro, o quarto. Cedeu contra-ataque que não devia. E, no gol da Venezuela, falhou em coisa que não devia ter falhado. Ajustar a marcação e dar a chance para o adversário finalizar. "Mas a equipe não fez uma partida ruim. Terminamos mal as jogadas. Os jogadores sentem essa questão do calor e a dificuldade dessa questão do campo." E também redesenhou a realidade.
"A gente teve outras possibilidades de fazer o gol. A gente fez o goleiro deles trabalhar. É difícil jogar contra times que jogam recuados como a Venezuela. Mas, com o volume que a gente teve, era para ter aproveitado. A gente não conseguiu aproveitar. Eles conseguiram aproveitar a chance que tiveram." A Venezuela criou outras chances reais de gol. Foram 13 finalizações do Brasil para 8 do rival, que nunca foi para uma Copa do Mundo.
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